quinta-feira, 30 de agosto de 2012

9ª Etapa: Beja - Évora

Beja - Casa Branca - Évora (19.08.2012)


Decidimos ir até Casa Branca e arriscar o pedido ao revisor do Intercidades. Adormecemos na viagem...


Quando chegámos, estava o Intercidades que ia para Lisboa a dar a cara. Eduardo com a sua rapidez de raciocínio, resolve ir ter com o revisor, e expõe a nossa situação. A resposta foi que se fosse com ele, e, por apenas dez minutos, claro que poderia ser, mas não sabia o que decidiria o colega.

Bom,... olhámos um para o outro e decidimos. Não há nada como tentar. O pior seria o que já estávamos a contar desde o início e bem acostumados. Pedalar, pedalar,... 
Como havia que esperar quase uma hora pela ligação para Évora, o Eduardo desmanchou e compactou o mais possível as bicicletas. Em seguida fez um esboço da sua...




Nesse entretanto, lá fui eu buscar água fresca...


Agora era esperar que houvesse compreensão da parte do dito...






E não é que houve! Não foi simples. Só se houvesse espaço e não incomodassem ninguém.

Chegada a Évora. Montar as bicicletas novamente, instalar a bagagem e seguir até casa.
Foto à chegada. Banhinho, petisco e, aconchegante caminha!

No dia seguinte, que bem que soube a refeição, confeccionada e empratada pelo chefe Eduardo!!




Para o ano há mais! E é claro, de bicicleta...


Textos: Susana Morais

8ª Etapa: Odemira - Beja

Odemira - Messejana (18.08.2012)


A ligação de Odemira a Beja, é feita pela N263, passando por Santa Luzia, Messejana, Aljustrel, Ervidel e por fim Beja. São cerca de 95 kms.

O nosso objectivo, até porque saímos depois do lanche, já passava das dezassete e trinta, era pernoitar em Aljustrel e no dia seguinte chegar a Beja. No nosso primeiro dia de viagem fizemos 6 horas a pedalar e completámos 97 kms, por isso, poderíamos fazer o mesmo neste último dia mas a diferença é que no primeiro dia saímos de casa às sete horas da manhã...

A estrada até Santa Luzia pareceu-nos grande, e o Eduardo não ia de bom humor, penso que se devia ao aproximar do fim das férias para ele... Foram cerca de 30 kms mas as bicicletas estavam a precisar de óleo nas correntes, o que dificultava o andamento...


Os espanhóis têm os touros, já nós...
Lá marcharam uma frutinha e umas barrinhas de cereais em Santa Luzia. O Eduardo tentava arranjar alojamento em Aljustrel (via tlm) mas sem sucesso...





Preparámo-nos para a noite na estrada: corta-vento, coletes sinalizadores, colocar luzes, e continuámos... mais 30 kms e chegávamos... se bem que não nos apetecia muito andar demasiado tempo durante a noite.
Por volta das vinte e duas horas estávamos em Messejana, e pareceu-nos boa ideia parar, comer qualquer coisa quente e dormir. O problema é que não havia parque de campismo e a aldeia não tinha cara de ter qualquer tipo de alojamento.
Contudo, primeiro indivíduo que encontramos indica-nos uma casa de um senhor que costuma alugar quartos. Seguimos as indicações e chegámos a uma casa/prédio com três portas iguais. 
Tinham-nos dito que eram a primeira e a segunda portas. Batemos, batemos, batemos, nada. As vizinhas apareciam e diziam: "Têm que bater com força!", "Batam com mais força!", "Eles devem estar lá para trás e não ouvem!" Já tínhamos medo de bater mas elas insistiam... até que uma se lembra de dizer, "Só se ele está para o café..." Lá foi o Eduardo até ao café, enquanto eu ficava com as bicicletas. 
Nisto faz-se luz dentro de casa, enquanto eu conversava com a vizinha da terceira porta, à qual já havíamos batido, não fora as indicações estarem incorrectas... esta vizinha, entre este bate e fala, já tinha ido ver se havia luz no quintal do senhor. E havia. Era uma senhora muito atenciosa. Devia ter uns oitenta anos... muito faladora e muito explicada. Preocupada em referir que, caso voltássemos ali, a porta dela era a terceira de quem vinha de cima e a primeira de quem vinha de baixo. Explicou isto três ou quatro vezes. Um amor!

Bom..., lá veio o senhor, e lá telefonei ao Eduardo, que entretanto conseguiu que a senhora do café nos servisse uma sopa antes de fechar!

Ah! O quartinho era nada mais nada menos que... um apartamento!! Mas lá diz o ditado. "Não há bela sem senão." Nessa noite, rebentou uma conduta de água que abastecia Messejana! Lá ficámos nós com banho à gato ;) 

Messejana - Aljustrel - Ervidel - Beja (19.08.2012)


Saímos por volta das onze e quinze. Messejana - Aljustrel foi tranquilo. Apesar das correntes terem piorado. Com a história da falta de água nem nos lembrámos.


Chegada a Aljustrel às onze e quarenta e cinco. A paragem foi muito breve, o tempo de comprar mais água porque já se sentia bastante a diferença relativa à temperatura perto do litoral e esta, mais interior. Não sentimos Aljustrel como um lugar convidativo. Impressões... nem os desenhos do Eduardo quiseram fazer o registo.

Toca a seguir para Beja.
O calor apertava, e a vontade de sombra, e já agora de um almocinho, também. No caminho só havia Ervidel. Esta viagem devia chamar-se a "rota das sopas". Porque efectivamente apetecia-nos sempre sopa. Comemos sempre sopa em todas as refeições compradas. E que boas sopas alentejanas comemos! Aqui fica mais uma...



A senhora do café dizia: "Não temos sopa mas temos assim uma sopa das nossas, que fazemos aqui, com grão e espinafres e que juntamos uns pedaços de bacalhau..."
Ui! O que ela foi dizer! Era mesmo o que nos apetecia. Estava divinal! Mesmo!
A senhora, uma simpatia. Perguntei se sabia de alguém ou onde podíamos arranjar um pouco de óleo para as correntes das bicicletas. Imediatamente comunicou ao marido e passados alguns minutos, outro senhor que estava sentado no café põe em cima da nossa mesa dois sprays específicos para lubrificar bicicletas. E diz: "Ainda no outro dia serviu a outros. Podem servir-se à vontade!" Foi espectacular! Ficámos muito agradecidos. As bicicletas, então, depois deste tratamento, pareciam outras.
Ainda houve tempo para uns rabiscos no caderninho do Eduardo, apesar da minha aflição com as horas. O último comboio de Beja para Évora saía às dezoito horas e quinze minutos.

Beja. 
Foram no total 422 kms a pedalar durante dez dias. Faltavam mais 3 kms até à estação. Eram dezasseis horas e cinquenta minutos. A bicicleta do Eduardo furou mais uma vez o pneu de trás. Solução rápida, o gel.





Na estação tomamos conhecimento de mais legislação sem sentido, desta vez nos regulamentos da CP. Bicicletas só podem circular em comboios urbanos e se houver lugar. Nos comboios regionais podem ir nos vagões próprios para mercadorias, junto às máquinas (à frente ou atrás), no Intercidades e longo curso, só embaladas, como bagagem de mão e se couber nos espaços próprios para a bagagem no topo das carruagens.

Problema:
Se a ligação Beja - Évora é feita em comboio regional de Beja até Casa Branca, e depois é feito o transbordo para um comboio Intercidades que faz a ligação Casa Branca - Évora (dez minutos de trajecto), o que fazer às bicicletas?

Solução:
Segundo a funcionária da CP em Beja: comprar o bilhete até Casa Branca e ir de bicicleta até Évora. Se saíssemos em Alcáçovas eram 24 kms até Évora. Se saíssemos em casa Branca eram 38 kms até Évora; ou ir até Casa Branca e ficar à mercê do revisor do Intercidades que decide se as bicicletas podem ir ou não, devidamente desmanchadas - segundo a senhora, esta última hipótese era muito improvável.

O que decidir?


domingo, 26 de agosto de 2012

7ª Etapa - Mil Fontes - S. Luís - Odemira


Vila Nova de Mil Fontes - S. Luís (17.08.2012)

Saímos por volta das doze e trinta e chegámos a S. Luís pelas catorze horas. Com fome para uma sopinha. Havia Caldo Verde. Bem bom! A aldeia estava a preparar-se para as festas de Agosto. As ruas estavam a ficar muito bonitas... todas enfeitadas com muitas flores de papel.


Esta era uma etapa que gostaríamos de ter feito por dentro da "rota vicentina", contudo era, segundo o site oficial, a etapa mais longa e mais montanhosa. Pelo facto de já termos percebido que com bagagem nas bicicletas as etapas da rota não eram práticas, decidimos ir por estrada, pensando em entrar na rota no percurso entre S. Luís e Odemira.

S. Luís





S. Luís - Odemira (17.08.2012)

Saímos de S. Luís por estrada nacional, tencionando entrar em trilho um pouco mais à frente, nas aldeias de Castelão/Zambujeira. Contudo, aqui, as informações da rota (retiradas da internet) estavam mais uma vez confusas. Já tínhamos anteriormente notado uma certa confusão nos textos apresentados relativamente à realidade, e aqui, notámos bastante, pois levou a que nos perdêssemos, apanhássemos sem querer outro percurso pedestre que ia dar a um caminho sem saída no meio do nada, e só pelo cruzamento do nosso instinto e informações de locais, encontrámos o caminho certo para Odemira.
Ainda apanhei um enorme susto, quando um cão grande, num caminho que nem sabíamos se estava certo e que era a subir, veio a ladrar atrás da minha bicicleta! 
Acreditem, não sei onde fui arranjar forças depois de já termos andado imenso por trilhos difíceis, por lama, para a frente e para trás, mas consegui fugir-lhe...

O Eduardo, no meio da minha aflição por causa das horas, ainda arranjou calma para uns esboços...

Algures no meio da rota




A chegada a Odemira foi surpreendente! Sempre ao lado do rio...
Ainda ligámos, quando nos perdemos, para os responsáveis da rota mas não nos ajudaram nada pois disseram-nos que não conheciam os trilhos por onde nós andávamos... estava a entardecer e corríamos o risco de ter que acampar no meio de nenhures, sem comida e quase sem água, e até hoje, nunca mais nos ligaram a saber se estávamos bem. Isto é que é um serviço de apoio!!
Descobrimos o caminho sozinhos e até o encurtámos sem querer - talvez lhes liguemos a dar a dica para saberem informar os próximos que se perderem :)
Arrancámos de S. Luís por volta das quinze e trinta e chegámos a Odemira às dezanove e quinze.


A nossa ideia desde Santiago do Cacém, para aproveitarmos mais dias na costa, era regressar a Évora ou de comboio ou de camioneta. Mas esquecemo-nos que estamos em Portugal!! 
Para começar, não há comboios que liguem o litoral ao centro do Alentejo. Depois, quanto às camionetas da rodoviária, em Santiago informam-nos que sim, levam bicicletas no porão das camionetas sem serem desmanchadas. Chegamos a Odemira e, na rodoviária dizem-nos que não, as bicicletas só podem ir desmanchadas e empacotadas (em embalagem fechada). Quando dissemos, ok, nós empacotamos, responde o empregado: "Ah! Mas é fim-de-semana, e ao fim-de-semana não despachamos bagagem dessa!" 
Pois é. É incrível! Vem um turista qualquer fazer um percurso de bike por Portugal, e não pode deslocar-se entre etapas mais longas de modo algum. Talvez de táxi?!

Ficámos estarrecidos! Isto tirava-nos tempo de férias e acrescentava quilómetros de bicicleta para o regresso sem grandes hipóteses de alojamento (campismo)!

Bom, mas agora, o importante era arranjar alojamento, tomar um banhinho, jantar e descansar.
Neste momento, passa por nós um "colega" de bicicleta que nos diz que também está a viajar de "bicla" e que está alojado na "Hospedaria Hidálio"; quartos em conta...
Assim foi, ficámos por lá. Mais uma vez fomos muito bem acolhidos e tratados. Só foi pena não ter pequeno-almoço incluído...

O dia seguinte foi para visitar um pouco a vila. 
Claro que o posto de turismo estava fechado.
Conhecemos a biblioteca e tentámos, finalmente, dar algum andamento ao blog, pouco, porque só podíamos utilizar os computadores durante uma hora.

Odemira tem um encanto especial devido aos tons do rio Mira, de diferentes azuis, e toda a envolvente multi-verdejante. A vila neste momento está com obras de requalificação que nos pareceram muito importantes e adequadas. O futuro o dirá.



Com pena nossa, já não deu para visitar o Pego das Pias, segundo sabíamos, um sítio paradisíaco a não perder, assim como muitas outras coisas... mas deu para falar com as pessoas que fomos encontrando...

Curiosamente, o "colega" da bicicleta do dia anterior, ao trocar impressões de viagem connosco, diz-nos que ele e a sua companheira fizeram exactamente o mesmo que nós na etapa do Cercal. Abandonaram em Vale Seco a rota, por acharem muito difícil para realizar de bicicleta com bagagem, tendo optado por realizar tudo por estrada, visitando depois os sítios mais interessantes. Segundo ele, seguiam para Odeceixe na manhã seguinte, sendo o objectivo final, Sagres. 
Nós também gostaríamos mas não tínhamos mais dias...

Panorâmica rápida - vista da biblioteca em Odemira


6ª Etapa - Mil Fontes - Furnas (cascata) - Mil Fontes

Vila Nova de Mil Fontes - Furnas (15.08.2012)


Na véspera já tínhamos decidido que o dia seguinte não era de praia. Era para pedalar até à cascata nas Furnas.
Ui! O Eduardo descobre que a sua bicicleta tinha mais um pneu furado. Nunca percebemos o porquê disto acontecer só com ele...
Pneu consertado, pequeno-almoço tomado, lanche preparado, bicicletas sem o peso da bagagem... hum maravilha!

O ex-líbris da etapa em Vila Nova de Mil Fontes foi sem dúvida este momento... não dá para descrever... fica o desenho e as imagens... digo somente uma coisa, a frescura da água sentia-a nos músculos ainda no dia seguinte enquanto pedalava...

Cascata




Vila Nova de Mil Fontes foi o local onde andámos mais de "bicla" sem bagagem. Soube mesmo bem. É extraordinário... visita-se tudo sem stress, estaciona-se em qualquer lado sem preocupação, faz-se exercício físico, e vê-se as outras pessoas... zangadas, rabugentas, a discutir porque não conseguem arranjar lugar para o carro, porque há muito trânsito, porque as crianças não se calam dentro do carro, porque têm muita coisa para transportar para a praia, etc. Se todos andassem de bicicleta seriam mais felizes, pensámos, ou não...
Aqui cruzámo-nos com outras pessoas a viajar de bicicleta... tinham um ar feliz e descontraído.


No que diz respeito a comida, comemos bom peixe, boas sopas, bons gelados e croissants deliciosos!

5ª Etapa: Cercal - Vila Nova de Mil Fontes

Cercal - Vila Nova de Mil Fontes (14.08.2012)



A viagem entre o Cercal e Vila Nova de Mil Fontes foi a mais tranquila. Também era mais curta. Também tinha poucas subidas. Também já estávamos mais adaptados. Saímos a seguir ao lanche, por volta das dezoito horas, e chegámos por volta das dezanove e trinta.

Vila Nova de Mil Fontes (14, 15, e 16.08.2012)

Foi o local onde estivemos mais dias. Apetecia-nos descansar.
O alojamento escolhido foi o Parque de Campismo de Vila Nova de Mil Fontes.  É um bom parque, amplo, sem confusão, com alvéolos individualizados, o que é bom, infelizmente sem grandes regras relativamente à distância entre as tendas... tivemos oportunidade de constatar que há pessoas que não têm a mínima noção do que significa invadir a privacidade alheia - não foi directamente connosco - mas incomodou-nos também por isso. Enfim...


Rua que me esqueci de apontar em Vila Nova de Mil Fontes





A vila... o que dizer... eu conheci-a noutros tempos, tal como Porto Covo, por exemplo, e noto uma diferença grande de lá para cá. Num primeiro olhar, quase não reconheço ruas e casas... a construção aumentou bastante... mas penso que não chegou a estragar completamente, como em outros locais.

Num dos dias, estivemos a comer uma sopa numa esplanada, o Eduardo a desenhar, claro está, eu, a ler e a observar as pessoas. Achei curioso, que num curto espaço de tempo vi de tudo. Todo o tipo de pessoas. Se as quisesse classificar teríamos, portugueses, indianos, franceses, ingleses, alemães, ciganos, africanos, malta dos países de leste, um pouco difíceis de identificar se são russos, eslovacos, ucranianos, ou outro, enfim, um rol de gente, e o caricato foi que entre todos havia os hippies, os góticos, os freaks, saloios, os betos, e aqui é engraçado porque encontramos variantes: pseudo-betos, betos-pimba. O curioso não foi o tipo de pessoas porque, obviamente, elas estão em todo o lado e nós também nos enquadramos nalgum estilo. Não sei explicar a coisa, senti-me tipo num livro do Eça de Queiroz, tudo ali, tudo ao mesmo tempo, os quadros que se desenrolaram naquela rua, naquela tarde, à nossa frente, ... são indescritíveis... estava um dia pouco convidativo para a praia e a vila estava cheia de gente, disseram-nos que não era habitual... nós adorámos!


Vista do cais para o Forte S. Clemente 



Segundo um local, é o ou um dos barcos mais antigos de VNMF



Aqui encontrámos um posto de turismo como deve ser, tal como em Grândola e Santiago do Cacém. Com internet grátis! O problema é que havia pessoas à espera de vez para a net e não dava tempo para actualizar o blog. Escrever com outras pessoas a olhar para nós, a lerem o que escrevemos e com cara tipo "despacha-te", não dá!


Posto de turismo



Enquanto eu espraiava, o filhote...

Famel Zundapp


Praia ao pôr do sol




sábado, 18 de agosto de 2012

4ª Etapa: Santiago do Cacém - Cercal

Santiago do Cacém - Vale Seco (13.08.2012)

Bem, este para nós era o grande dia! O início da "Rota Vicentina" (percurso histórico). Subimos até à Igreja Matriz que se encontra acoplada ao Castelo e, ... escadas, e mais escadas, não é fácil gerir escadas com bicicletas com bagagem...


E eis-nos no verdadeiro percurso natural... wow, super estreito, rede de um lado, silvas do outro e quase nada de espaço para circular... pensámos,... ok, diziam eles que este percurso se podia fazer de BTT, ... mas com bagagem?? Hum... não parece...



De seguida, a primeira impressão não podia apresentar-se melhor: o Parque Urbano Rio da Figueira em Santiago do Cacém - muito bom, verde, fresco, boas infra-estruturas, bem cuidado, com salvo-erro, três piscinas, recomendamos...




Mas, o que importa aqui, é o percurso... a paisagem é fantástica, e os trilhos também, mas uma coisa nós e demais viajantes de bicicleta com bagagem que encontrámos garantimos - não é para fazer com bagagem - lol, pelo menos não para pessoas que não estejam preparadas fisicamente para enfrentar muitas subidas e descidas duras (com pedras ou areia), por vezes longas subidas e longas descidas onde o resvalar da bicicleta em gravilha e logo de seguida o enterrar em areia, exigem domínio do equilíbrio e do peso acrescido na bicicleta.





Etapa difícil... o sol a descer, nem o desenhador tinha tempo para manusear o caderninho... só para fotos...

A meio da etapa, concluímos que efectivamente não poderíamos fazê-la toda com luz do dia e que provavelmente teríamos que realizar parte dela já noite cerrada. Assim foi. Duro.

O cansaço e a fome apertavam, apesar dos reforços que trazíamos... por muito que nos custasse e acreditem que custou, tivemos que optar por fazer o resto da etapa em estrada de asfalto. Já passava da hora de jantar e ainda andávamos embrenhados no mato...



Vale Seco - Cercal (13.08.2012)


Vale Seco, finalmente! Pensámos que haveria qualquer um do dois cafés abertos, mas nada... parecia um lugar fantasma. Só havia uma coisa a fazer, continuar até ao Cercal e rezar para que tivéssemos alojamento e uma sopinha... 

A tão desejada visão!


O tão apreciado alojamento; já de dia... (14.08.2012)
Chegámos por volta das vinte e três horas. Este foi o alojamento que nos aconselharam à chegada. E ainda bem. 
"Casa Azul" 
Recomendamos vivamente por variadíssimas razões: boa recepção, simpatia, óptimo pequeno-almoço - pão fresco (alentejano), torradas, manteiga, leite, café, doces de cereja e de tomate caseiros, bolo (pareceu-me de laranja), também caseiro, queijo fresco, tomate, azeite e orégãos, enfim, um mimo - apesar de estar em reestruturação, pois foi adquirido por uma nova gerência há pouco tempo, promete, pela vontade, interesse e competência já demonstrados. Já falei na simpatia, né? Ah, mas não falei na prestação de serviços de turismo... se quiserem visitar o Cercal, não encontram posto de turismo, contudo, podem falar com a Anabela Gamito na "Casa Azul". Ficam muito bem servidos!


O Cercal é uma localidade agradável, que nos deixou boas recordações, apesar da estafa da véspera. Visitámos pouco, é certo, e por isso teremos que voltar, tal como a Santiago, mas gostámos do que sentimos. Boas pessoas, boa comida. "Baú Doce" também é uma referência...


Vista da esplanada...





Houve tempo para visitar uma das Igrejas...





3ª Etapa: Parque de Campismo da Galé - Santiago do Cacém

Parque de Campismo da Galé - Melides - Deixa o Resto - Azinhal - Escatelares - Santiago do Cacém (12.08.2012)

Saímos do Parque por volta das dezassete horas. Para não variar, uma subida descomunal para sair do mesmo!! Fez-se. Mais uma vez nos apercebemos de como o nosso organismo recupera e se adapta ao esforço. Torna-se mais fácil de dia para dia isto do bicicletar...


O percurso mais bonito que fizemos até agora foi sem dúvida o que se seguiu... apesar de ser maioritariamente a subir. Junto ao litoral, com muitas pontes e aldeias, muito fresco, proporcionando agradáveis vistas ao desenhador, que lamentava não haver tempo para rabiscar tudo nos seus caderninhos.

Cerca de 30 kms depois, duas horas de caminho, chega-se a Santiago do Cacém.


Já noite. É claro que eu já dizia... "Será possível que não existe nenhuma localidade, à excepção de Melides, onde não tenhamos que subir bem, para chegar?" :(

Primeira impressão, agradável. Um jardim bem cuidado e... música de discoteca?? A "melodia" vinha de um café dentro do jardim.


Alojamento, encontrámos logo à esquerda do jardim. "Residencial Gabriel". Bom acolhimento neste local. Soube muito bem pela oportunidade de descansar - quando andámos pela primeira vez com as bicicletas sem bagagem até parecia que tínhamos bebido a poção mágica do Obélix!! Que diferença e que força nas pernas, hehe -, pela simpatia e pelos conhecimentos obtidos do dono da residencial sobre o património local.

Descobrimos que, por ser segunda-feira, não poderíamos visitar as Ruínas Romanas de Miróbriga, nem a Capela de S. Bráz, nem o Castelo, nem o Moínho, enfim... só poderíamos ver por fora. À segunda-feira está tudo fechado, e nós, só tínhamos esta manhã!
Lá fomos...


Vista da Capela de S. Sebastião;


visita ao Moínho da Quintinha (séc. XIX);




e à Igreja Matriz/Castelo para darmos início a nova etapa, depois de devidamente abastecidos...





... a mais esperada, pois era o começo da "Rota Vicentina"...




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

2ª Etapa: Grândola - Praia da Galé

Grândola - Praia da Galé (10.08.2012)

Recompostos fisicamente, há que recomeçar, até porque estávamos desejantes de começar a etapa (oficial) da Rota Vicentina, em Santiago do Cacém. Mas antes, a vontade de chegar à praia e dar um belo mergulho no mar era o objectivo.

O posto de turismo e a biblioteca são óptimos lugares para os viajantes. Diria até, essenciais.

Saímos ao final do dia (vinte horas), em andamento calmo, doseando o esforço para não prejudicar o que estava aparentemente curado. Sabíamos de antemão que a etapa previa a subida da Serra de Grândola. Era o primeiro percurso que implicava luzes, coletes sinalizadores e provavelmente a utilização de corta-ventos.
Assim foi, ao fim dos primeiros kms, colocar os devidos apetrechos, excepto corta-ventos.

A paisagem era já diferente da anterior, mais verde, mais castanha, com cheirinho a terra molhada e a pinho, a serra...

Para não subir tanto em caminho serrano, porventura mais interessante, mas igualmente mais duro, seguimos pelo IC33. Não foi "pêra doce"; foram 7 kms sempre em subida constante. A vantagem é que tínhamos espaço na berma, contrariamente aos caminhos mais pequenos - que são mais arriscados por não terem espaço nas bermas; e muitos dos nossos automobilistas não respeitam a devida distância; talvez desconheçam que a sua velocidade ao ultrapassar uma bicicleta provoca desequilíbrio na mesma (há que dizer que são mais os que respeitam do que os que não respeitam) -, o espaço na berma, permitiu que fôssemos a conversar lado-a-lado, enquanto ía anoitecendo...

Chegámos finalmente ao fim da subida. A seguir, desvio para Melides e uma descida, ou melhor, um conjunto de descidas fabuloso; de cortar a respiração! Quanto a mim, cortava a respiração duplamente. Primeiro pela emoção fantástica da velocidade atingida e segundo porque só pensava que não tinha muita visibilidade, que estava noite cerrada, e que qualquer bichinho ou "bichão" se poderia atravessar na estrada; já tinha visto pequenas lebres. Caso algum deles resolvesse passear naquele momento pela estrada fora seria um acidente digno de abertura de telejornal. Escusado será dizer que o Eduardo adorou (vinte minutos a descer a 40 kms/h), e só não abusou, porque sabia que me devia acompanhar. Um excelente companheiro de viagem, a pôr em prática tudo o que aprendeu em casa e na escola (na disciplina de Educação Física).

Em Melides, tudo era festa! Só se ouvia música de baile de aldeia, alto e bom som. Soubemos mais tarde que era a "Festa do Churrasco"... "Se eu soubesse! disse o Eduardo."

Passámos muito rápido, à procura das indicações do Parque de Campismo da Galé para o qual já havíamos ligado a saber se tinham vaga e se esperavam por nós. Garantidamente, foi a resposta. Menos mal.

Encontrada a placa. Siga. Mais à frente a pergunta que se impunha - pois eram já eram vinte e uma horas -, se íamos bem? se o parque estava longe?; pelas nossas contas não devia estar muito distante. "Sim, vão bem. Agora seguem esta estrada e viram na primeira à direita. Mais uns 5 ou 6 kms e estão lá". Seguimos.

Ao fim dos tais kms, vemos um parque de campismo, também em festa. Mesma música, muito cheiro a churrasco, muita gente, mas... não era o parque que queríamos!! Céus! Era uma coisa digna de ser vista! Parecia que estávamos na feira popular!

Bem, devido ao adiantado da hora pensámos que talvez ficássemos por ali. Mas, qual quê, nem vendo que estávamos de bicicleta e não de carro, e já muito cansados. "Nada. Não temos espaço. Não podem ficar. O parque que têm mais próximo é o da Galé... a 20 kms talvez... voltam para trás, viram à esquerda, apanham novamente a estrada de Melides e seguem para cima, em direcção à Comporta."
Por um lado, apetecia-nos estrangular o indivíduo mas por outro, não nos apetecia aquela festa toda. Aquele barulho e cheiro intenso a carne grelhada e fumo.

Lição nº 1: desconfiar da primeira informação que nos dão ou que surge, quando estamos cansados e ansiosos de chegar.

Fomos perguntar a outras pessoas. Lição aprendida.
Pedalámos para trás. Passámos por Melides novamente. Eram já vinte três horas! Novo telefonema para o parque. Sem problemas, chegássemos a que horas fosse. Sempre a subir, sempre a subir. Os joelhos acusavam já o cansaço. Com o engano, pioraram um pouco, mas há que continuar. Precisávamos de abrigo.
Mais uns 18 kms e chegámos. Uma descida vertiginosa para entrar no parque.
Finalmente...

O Parque de Campismo da Galé é enorme. Situa-se no meio de um pinhal todo desnivelado, e de onde é possível quase sempre avistar o mar. Tem boas condições e, segundo nos disseram estava a meio-gás. Para nós, tinha já uma boa lotação. Mais seria estragar. Mas é a crise, dizem.
Isto de pedalar é fantástico. Ficamos mesmo encantados com a nossa capacidade física e mental. É extraordinário! Cheguei estoirada, quase não podia com a bicicleta mas após o banho, parecia nova. Os joelhos não doíam. Pelo sim pelo não, mais pomadinha para prevenir. Os dois dias seguintes eram de repouso e PRAIA!!



(Encontámos computador e net mas não é possível passar os desenhos do Eduardo e as fotos já tiradas. Mais à frente, em Odemira talvez se consiga. Paciência...)

Texto: Susana Morais

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

1ª Etapa: Évora - Grândola

Évora - Alcáçovas (9.08.21012)
Acordar às cinco da manhã, preparar tudo, fazer festas ao nosso lindo gatinho - que apareceu inesperadamente para se despedir - e, eram sete horas e cinco minutos quando partimos para a grande aventura.


Durante este primeiro percurso, o meu filho que ia sempre à frente, e com uma bicicleta mais "competente" - que por razões de comprimento de quadro e consequente conforto de condução não foi trocada com a minha -, devia ir a pensar: "Oh meu Deus, ela não vai aguentar!". Isto vem a propósito do facto de ele esperar bem disposto e solidário por mim, após cada subida mais caprichada. Foi sempre um cavalheiro!

Por volta das oito e quarenta e cinco, primeiro percalço surpresa... parámos (a 5 kms das Alcáçovas). Furo no pneu de trás da bicicleta do Eduardo. Não queríamos acreditar. Após tão pouco tempo de viagem e já um furo! Só trazíamos duas câmaras-de-ar suplentes e ainda faltavam cerca de 50 kms! Aproveitámos para repor energias com umas barritas...

Pusemo-nos a caminho por volta das nove e dez, parando nas Alcáçovas para verificar trajecto.

Alcáçovas - Torrão
Seguimos até ao Torrão para almoçar. Eram dez horas e quarenta minutos, e o conta-quilómetros marcava 51,46 kms. Média de andamento 20 km/h. Não nos pareceu mal para quem transporta mais 25 kg de bagagem em cada bicicleta... No que a mim diz respeito, foi um espanto, porque a média efectuada corresponde à média normal, sem bagagem, mais coisa menos coisa.

No almoço deu para refrescar - tínhamos uma fonte mesmo ali -, desenhar, descansar e brincar. Após algumas ponderações, decidimos partir pois o tempo ainda nos parecia fresco. Corria um ventinho agradável e o céu estava um pouco encoberto.


Torrão - S. Romão do Sado
Tínhamos sido avisados por uns agricultores simpáticos, que nos confirmaram o caminho a seguir, que a próxima etapa tinha um problema: uma enorme e longa subida à saída do sítio onde nos encontrávamos...

Oh não! Mesmo antes de subirmos para as bicicletas... "Eu não acredito, ... (asneira)... outra vez! Mais um furo na bicla do Eduardo!! Agora o pneu da frente...

A subida foi realmente difícil mas dominada! O trajecto seguinte pareceu-nos normal, algumas subidas e descidas, contudo, foi um trajecto extremamente difícil porque, além do calor que se fazia sentir cada vez mais, apercebemo-nos de que não tínhamos água suficiente para todo o trajecto!! No meu cantil apenas mais três goles de água "quente" e na mochila do Eduardo já não havia água... ainda bebemos um resto de coca-cola (só para ter a sensação de algum líquido e açúcar), mas a sensação de sede era cada vez maior. Nesta altura, talvez metade do percurso, de um total de 15 kms, estivesse feito. O sol abrasador mantinha-se firme, valendo-nos de quando em vez umas sombras na estrada, no lado oposto à nossa via. A esperança era S. Romão e um café com água ou uma alma caridosa. Qualquer uma das opções era o nosso oásis! Contudo não sabíamos se iríamos encontrar qualquer uma delas ou se seria um desterro sem gente. Foi um momento complicado mas que aguentámos em silêncio até ao fim.

O vislumbre do tão desejado S. Romão foi maravilhoso! Uma descida fantástica, com uma brisa reconfortante, e uma paisagem verde, muito verde. Água e arrozais. Que sensação boa. A povoação, essa, parecia-nos deserta...
E por um triz, não tínhamos água... O café estava fechado. Após alguma insistência um casal atendeu-nos. Disseram que a povoação estava a desertificar devido aos assaltos. Só este verão já haviam sido vítimas duas vezes. Abençoadas pessoas, bendita água! Dez garrafas logo de início, mais duas ou três por fim. Foi um consolo sem igual... No entanto, um pensamento (provocado por uma visão) atropelava aquele conforto... a descida que tínhamos feito para chegar fazia-me supor uma saída igual mas inversa, e um troço de estrada que tinha avistado de relance antes de chegar ao café, confirmava parcialmente aquela angústia. Suspeitava, embora não o confessasse, que teria grande dificuldade em sair dali fosse em que sentido fosse.

A seguir, arranjar uma sombra e ... desenhar, descansar, molhar os pés (o corpo todo era o nosso desejo), e depois comer.

"Ao fim da aldeia, seguem pela direita e encontram uma nespereira muito cerrada com sombra...", disse a senhora.

Era mesmo assim... ao lado da nespereira, um riacho super fresco, atravessado por umas tábuas de madeira que serviram perfeitamente para a nossa merecida pausa. Lá molhámos os pés, com vontade ficou o corpo...  mas a água não se pressentia muito limpa.



Ao fim de umas horas, o calor era sufocante e o corpo (pelo menos o meu) pedia repouso na horizontal. Foi, por incrível que pareça, muito difícil encontrar um sítio para deitar com sombra e um chão fresco. Todo o solo que nos rodeava emanava um vapor quente...

S. Romão do Sado - Grândola

Bem, chegou a hora de partir. Eram quase cinco horas e queríamos chegar a Grândola com luz do dia... sentia nessa altura uma dor nos joelhos. Não era motivada pelo terror da saída, não, era mesmo muito real que eu conheço bem esta dor. Já a tinha sentido uma vez, na famosa subida do Carrapatelo (Reguengos de Monsaraz), durante um dos Passeios de Bicicleta do Dia do Não Fumador, organizados por nós Grupo de Educação Física ao qual pertencia), anualmente para a escola. 

"É o único caminho para Grândola", palavras do senhor do café. "Essa subida devem ter que a fazer com as bicicletas pela mão. Até os carros custam a subir...", continuava ele. Nós dizíamos: "Hum, subir com elas pela mão... vamos tentar não o fazer..."

O Eduardo arrancou na frente, e eu, como era habitual atrás dele. A vontade era pouca mas o esforço foi muito. Mudança errada e... sair da bicicleta para com muito desconsolo admitir que o senhor tinha razão. Impossível para mim continuar em cima da dita. As dores nos joelhos eram quase insuportáveis mesmo a pé. Descobri que havia agravado o que quer que fosse que por ali andasse. Até à primeira sombra a minha salvação foi o meu filhote que me veio buscar. Não conseguia quase andar...

Após algum descanso, lá prosseguimos. O Eduardo sempre montado na sua bicicleta, foi subindo de sombra em sombra. E eu, sempre com ela pela mão copiava. Foi a pior prova de esforço que alguma vez fiz. Pelo menos tínhamos água...

Escusado será dizer que a seguir, apesar de ser quase tudo em recta, para mim excessivamente e para ele menos, foi a parte que mais nos custou. Os últimos quilómetros até Grândola. O cansaço das subidas anteriores, sim porque parecia uma só mas eram várias, com patamares, acrescentou-nos um desgaste enorme. Por minha causa, passámos de um andamento de 20 km/h para 15 km/h por vezes 10 km/h ou mesmo 7 km/h (em subida).

Grândola nunca mais chegava. Será que existia? Duvidávamos,... apesar dos mapas.

Finalmente,... um pouco estranha a entrada na vila. Não havia placas e parecia tipo "fim do mundo"... 

Mais à frente animámos quando vimos uma indicação que dizia: "Hotel". E era sim senhor um belo hotel: "D. Jorge de Lencastre".
Ui!... Chegámos ao paraíso. Eu só queria um banho quente e esticar-me. Era bom que houvesse vaga. Havia!!! E lugar para as bicicletas. E pessoas simpáticas e acolhedoras. E quarto maravilhoso. Tudo era bom e sabia a muito bom.


Banhinho: delicioso; problema: as dores nos joelhos. Grande dificuldade em suportar o peso do corpo sobre os mesmos. Amanhã resolvo. Jantar saboroso (quase não conseguíamos comer com o cansaço; pela primeira vez vi o Eduardo - que adora comer e fá-lo sempre que pode em quantidades valentes - desistir de acabar com o prato por pura fadiga).

Cama foi o destino imediato, e até de manhã para o pequeno-almoço das dez horas. Sono pesado com alguns despertares pontuais devido às dores nos joelhos...

Confirmei que as farmácias são o paraíso dos idosos em Portugal! Quantos e tantos medicamentos tomam... fez-me pensar: será que precisam de tanta coisa? Talvez mais exercício físico resolvesse muitos daqueles problemas. Evidentemente que o passado sem ele não ajuda. Também não cura, óbvio. Mas minimiza o estrago, disso tenho a certeza. Mantém um bem-estar duradouro. Por mim falo... afinal, apesar de tudo acabei de fazer num dia 100 km de bicicleta, a puxar metade do meu peso.

Pomadinha, ui, espero que faça efeito! Ataquei os joelhos e os ombros do Eduardo.



(O blog esteve sem actualização devido a dificuldades com acesso a internet e computador. Pedimos desculpas aos nossos seguidores.)

Texto: Susana Morais